
Na região do porto público municipal, a Rua Beira Rio também já começa a ser inundada. O local onde várias embarcações atracavam e esperavam para o embarque e desembarque de mercadorias já está alagado. A água também já começa a se aproximar das casas mais próximas do rio.
O pescador Raimundo Nonato Vasconcelos, de 55 anos, mora na margem esquerda do Madeira há mais de 15 anos e diz que, conforme o nível das águas vai subindo, a preocupação dos ribeirinhos aumenta. “Todos os dias eu pesco para levar o que comer para minha família e, neste ano, eu percebi que a correnteza está um pouco mais forte, o que faz a gente redobrar os cuidados porque pode virar o nosso barco. Eu não quero passar pela mesma situação que passei em 2014 porque a água invadiu a minha casa pelo meio e tive que morar em abrigo”, teme Raimundo.

“Depois da cheia de 2014 a gente sempre fica apreensivo quando o rio passa dos 15 metros porque a água começa a invadir os terrenos das casas que ficam as margens do Rio Madeira. Eu trabalho fazendo frete no rio todos os dias e o cuidado tem que ser redobrado porque a correnteza e as ondas estão fortes e pode causar uma tragédia se não tiver cuidado”, diz o barqueiro Roberto Moraes da Silva, de 39 anos, que reside às margens do Rio Madeira.
Conforme a Defesa Civil Municipal, as equipes estão em campo fazendo o monitoramento e acompanhando as famílias que residem em áreas de risco de enchente. No entanto, uma das preocupações é com o excesso de lixo encontrado próximo das residências, fato que gera riscos a saúde e atrai animais peçonhentos, além de ratos que transmitem doenças.
O órgão alerta ainda que, em caso de necessidade, há equipe de plantão 24 horas, inclusive nos finais de semana e feriados, que podem ser acionadas pelos telefones 199, disponível das 8h às 18h, e o número 98473-2112, 24 horas. O corpo de bombeiros também poderá ser acionado através do número 193.
(Por Rondôniagora)
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